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A vaidade mediúnica está mais presente nos templos de Umbanda do que se pode imaginar. Ouso dizer que são poucos os membros de uma corrente que são completamente isentos de qualquer vaidade. E é claro que os Guias sabem disso, não pense que eles fazem vista grossa perante nossos defeitos. Mas é como li num texto uma vez, se um Guia "expulsar" um médium de um terreiro por conta disso, talvez não sobre nenhum.
Justamente por sabermos disso é que precisamos por a mão na consciência regularmente, entender nossas ações e corrigi-las. Na Umbanda, a evolução precisa ser constante. Não importa o ritmo, o importante é ir caminhando, sempre.
Justamente por sabermos disso é que precisamos por a mão na consciência regularmente, entender nossas ações e corrigi-las. Na Umbanda, a evolução precisa ser constante. Não importa o ritmo, o importante é ir caminhando, sempre.
Sendo assim. deixo aqui alguns questionamentos para reflexão:
– Você acha que os seus Guias são melhores do que os dos outros?
– Classifica os Guias entre "fortes" e "tranquilinhos"?
– Refere-se a seu Guia como SEU mesmo, tem posse?
– Fica bravo quando um Guia seu não faz algo que, para você, seria o certo diante de uma situação x (no caso de médiuns conscientes)?
– Sente um prazer misto de orgulho em saber que trabalha com um Guia cujo nome é conhecido na Umbanda (como Jurema, Maria Padilha, Tranca Ruas, Zé Pelintra)?
– Trata os médiuns iniciantes com desdém e/ou sarcasmo?
– Se diverte quando alguém da corrente comete um erro?
– Acha que ser filho de Ogum é melhor que ser filho de Omolu, por exemplo?
– Só tem respeito pelas entidades dos dirigentes (e não pelas entidades de qualquer pessoa)?
– Só aparece no terreiro pra trabalhar e não ajuda em quase nada (considerando que você não possui nenhuma limitação física)?
– Se sente inferior limpando o terreiro que faz parte?
– Acha que seu Guia não chama a atenção o suficiente (não "trabalha bonito")?
– Sente que seus dirigentes não lhe dão a liberdade necessária para todo o potencial que você acredita possuir?
– Quando um irmão da corrente é elogiado e você não, você se sente injustiçado e fica bravo?
– Acha que é mais evoluído porque estuda mais que outros irmãos?
– Estuda o máximo que pode mas não compartilha nada (no fundo por medo de que os outros saibam mais que você)?
– Pensa que você, que faz muito pelo seu terreiro, é mais merecedor de bênçãos que seu irmão, que, na sua opinião, faz pouco pela casa?
– Se sente poderoso por ter mediunidade?
– Se sente mais evoluído espiritualmente por ser umbandista (e médium de incorporação)?
– Acredita ser o condutor da salvação das pessoas através da religião de Umbanda?
E complementando...
É importante lembrar que a vaidade, quando exacerbada, altera o canal de comunicação e a recepção das energias dos Orixás e Guias do médium. As manifestações vão se tornando cada vez mais rasas, até o médium estar, talvez inconscientemente, praticando a mistificação; tomado pelo hábito da incorporação, sem mais sentir o mesmo que sentia antes, passa a ter o controle dos atendimentos.
Sim, a vaidade atinge mais frequentemente os médiuns iniciantes, e é normal se sentir deslumbrado com todas a novidade que a Umbanda proporciona. É aí que entra o trabalho do dirigente, que com toda a paciência e seriedade, mostrará o caminho correto para esse filho. Mas, nós bem sabemos da quantidade de médiuns experientes sendo alimentados pelo ego inflado também, anos à fio, em toda sua vida mediúnica. Não permita que a vaidade transforme sua mediunidade, uma ferramenta de evolução, em um veículo de engrandecimento do ego, da degradação espiritual.
Sejamos sempre instrumentos de caridade com humildade, respeito e muito amor. É só isso que os Orixás e Guias esperam de nós.
Orai e vigiai!
PURA VERDADE!!!!!
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