quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Linha de Malandros

Linha de Malandros
Imagem: Malandros da Umbanda. Editadas em conjunto / Google

A Linha dos Malandros é uma linha nova, poucos terreiros trabalham com ela. Essas entidades trabalhavam (e muitas delas ainda trabalham) junto às linhas de Baiano, Exu e Pomba Gira, conforme afinidade do Guia.
Essa linha traz para dentro do ambiente Sagrado os excluídos da sociedade. Espíritos que em alguma encarnação, por conta do preconceito racial, foram considerados párias e marginalizados pela sociedade, mas que lidaram com essa adversidade sem perder sua fé, sua identidade e seu bom humor, certamente que já apresentavam um bom nível pessoal de evolução. E após desencarnarem continuaram suas evoluções, até alcançarem um Grau perante a Espiritualidade, o qual lhes permitiu voltar a Terra na condição de Guias Espirituais, para nos reconduzir ao Divino. Ao mesmo tempo, a Linha dos Malandros simboliza a aproximação dos excluídos com o Divino e ainda, para todas as pessoas, a possibilidade de uma reflexão sobre o preconceito e as exclusões sociais.
Mas, afinal, alguns se perguntam o quê um “malandro” teria para nos ensinar, qual seria a sua contribuição dentro da religião... Primeiro, cabe lembrar que não estamos falando do “malandro” no sentido vulgar da palavra. Os Espíritos que se apresentam na Umbanda dentro da Linha que corresponde ao Grau Malandro vêm nos ensinar a flexibilidade, a capacidade de adaptação diante dos obstáculos, o “jogo de cintura” e o bom humor, que se obtêm através do sentimento de fé na vida e em si mesmo e do equilíbrio das emoções, dos pensamentos e dos sentimentos. De alguma forma, em algum momento das suas existências, eles vivenciaram tudo isso e podem nos auxiliar. Os Malandros nos ensinam:
- Que a vida é feita de experiências e toda experiência visa a nos ensinar algo de positivo;
- Que não há obstáculos insuperáveis, pois isso nos condenaria à destruição, o que é inconcebível porque não há “morte” em nenhum ponto do Universo e sim, transformações que promovem renovação e evolução constantes;
- Que é preciso confiar nas Leis da Vida e manter a alegria e o bom humor, para estar em sintonia com faixas vibratórias positivas e atrair a cura espiritual, emocional, mental e física, pois todo filho de Deus é um co-criador.

Sua linguagem é altamente simbólica. Muitas vezes, eles falam conosco e comparam a vida a um jogo de cartas ou de dados:
Nesse jogo, uma jogada ruim seria um imprevisto, uma adversidade. O que não significa a perda da partida (motivo para desespero, descrença e desistência), pois a próxima jogada (a nova oportunidade, o próximo passo) poderá ser melhor, só depende de nós;
Nesse jogo, é preciso estar atento a cada passo, observando o adversário (o desafio externo, bem como os próprios pensamentos, convicções, emoções e sentimentos), para se enfrentá-lo em melhores condições e se alcançar a vitória;
A vitória pode ser a superação do obstáculo em si. Mas a grande vitória é o entendimento das causas da dificuldade e a aceitação da nossa responsabilidade por essa realidade que de algum modo criamos. O erro ensina e nos dá oportunidade de recomeçar e acertar;
No caso de uma derrota, saber esperar outra oportunidade e tentar de novo, sem nunca desistir.
Podemos virar o jogo através da persistência, da alegria e da fé no amanhã. É a valorização da vida, da própria existência, do momento atual e de cada momento.

O seu gingado, a sua musicalidade, a sua dança e a sua “malandragem” não são simples repetições das características “dos malandros do mundo”, vamos dizer assim. Esses Espíritos não estão entre nós para fazer apologia do que foram, possivelmente, em alguma encarnação, mas para nos ensinar o que é possível extrair das lições da vida. A grande “malandragem” que eles nos ensinam é como sermos flexíveis, nos desapegando e abrindo mão de ideias antigas, para nos renovarmos a cada dia; encarar a vida com leveza, sem guardar rancores e levar tudo para o campo pessoal. Não perder o humor e estragar um dia por causa de um obstáculo, por maior que pareça. Aprender com os próprios erros, para não repeti-los, pois quem anda atento na vida não vive caindo em buraco.
No aspecto social, a Linha dos Malandros simboliza a inclusão de negros, mulatos e mestiços que viviam marginalizados em nossa sociedade desde o período pós-abolição. Claro que os Espíritos que tiveram uma encarnação assim, como excluídos, continuaram evoluindo e não precisam ser incluídos em nosso meio social. Nós é que precisamos refletir sobre as exclusões que já aconteceram e ainda acontecem por aqui, baseadas em preconceitos, para não repeti-las. E só alcançaremos isso a partir de uma conduta fraterna e de respeito integral ao “outro”. Por outro lado, a presença desses Espíritos nos Terreiros de Umbanda, acolhendo a todos com sua alegria e suas magias, é um braço de atração dos mais humildes, que se identificam com essa maneira despojada de ser, despertam a autoconfiança e podem melhor se expressar e progredir. Existiria melhor exemplo de “aprender com os erros”?
Quanto à questão social, vale lembrar que a abolição da escravatura não pôs fim ao preconceito racial. Historicamente, continuou existindo em nosso país um preconceito velado em relação aos homens e mulheres de pele negra, aos mulatos e aos mestiços. Quando se fala em “malandro”, na linguagem cotidiana, a primeira ideia que nos ocorre é a do boêmio, do jogador inveterado de cartas ou de dados, do amante da noite, da música e das rodas de danças, que vivia de expedientes, carregava navalha ou faca e fugia da polícia.
O “malandro” carioca faz lembrar aquele que vivia na Lapa, que gostava de samba e passava as noites na gafieira, chegando a ser personagem de peças teatrais, de músicas e de muitas histórias. Já o “malandro” de Pernambuco vivia nas danças do coco e do xaxado, passando as noites no forró. O que eles têm em comum? Eram todos marginalizados pela sociedade, vistos como “gente à toa”. Porém, sobreviveram a esse clima adverso, vivendo sem acesso a uma boa instrução ou a bons empregos; nem sempre conseguiram, senão com muita dificuldade, dar alguma instrução aos filhos. Nem por isso perderam a alegria, o gosto pela
música e pela dança, pelo carteado, pela conversa noite adentro, de alguma forma conseguindo manter suas raízes religiosas e tradições ancestrais, dando “um jeitinho” de ser feliz.
Por trás dos arquétipos da Umbanda, vamos encontrar, na maioria das vezes, a Mão da Espiritualidade Superior a corrigir grandes equívocos e injustiças sociais e a nos fazer refletir, enquanto nos auxilia nos problemas do cotidiano. E hoje temos, na presença da Linha de Malandros, uma excelente oportunidade de refletir sobre algumas questões, em especial: primeiro, que nem tudo que parece ruim de fato o é; e segundo, que de tudo se pode extrair algo de bom e de positivo. Do que poderia ter sido uma experiência de todo ruim, esses Espíritos extraíram uma lição de flexibilidade. E aquilo que para uma sociedade hipócrita parecia ser neles um mal, era, muito ao contrário, a prova de valor de um povo que manteve fidelidade às suas raízes e não se deixou vencer pelo meio hostil. Os Malandros vêm até nós, pelas Mãos do Alto, para nos ensinar “a boa malandragem”: fazer limonada com os limões azedos que recebemos dos outros; escorregar e levantar rapidinho, sem perder a compostura e a elegância, e já sair dançando e cantando; aprender a jogar “o jogo da vida” e ser um bom parceiro de jogo, aprendendo a rir das tristezas e de si mesmo; assumir o que se é, sem hipocrisias, e fazer todo o Bem que se possa; não se prender a padrões e valores externos, mas ficar centrado em si mesmo e na sua fé.
Pensar que os Malandros podem nos ensinar tudo isso brincando, de um jeito tão despojado, é o bastante para se quebrar o velho ditado que dizia: ”de onde não se espera é que não sai nada”. Porque as aparências enganam! Então, não vamos viver de aparências e nem pelas aparências. Vamos viver a vida com Amor, Respeito e Fé. Vamos acreditar em nosso poder interior, que é Deus em nós. Vamos aprender a nos centrar e a nos conhecer intimamente, despertando nossas capacidades e valores acumulados ao longo desta e de outras encarnações e que ainda dormem dentro de nós, mas que podem ser despertados pelo nosso querer, por nossa vontade de superar as dificuldades, por nossa firme determinação de curar nossos pensamentos menos felizes e de encontrar respostas para as nossas necessidades, para enfim chegarmos a um caminho de felicidade, aqui e agora.
Nos Terreiros que adotam vestimentas características, quando incorporados em seus médiuns, os Malandros se apresentam vestidos com camisas listradas, alguns com camisas de seda, outros de terno e gravata brancos e chapéu ao estilo Panamá e às vezes de palha. Usam sapatos brancos, ou então bicolores (branco/preto; preto/vermelho) e gravata vermelha. Alguns usam cartola; outros, uma bengala (cajado). As mulheres adotam roupas diversas. Uma figura bastante conhecida dentro desta Linha é Seu Zé Pelintra. Seu Zé, como é conhecido popularmente, é uma Entidade peculiar, pois tanto se manifesta na Direita quanto na Esquerda. Como todo bom malandro, sua flexibilidade é seu ponto forte: seja como for, ele é um Guia a serviço da Luz.


Símbolos de representação da linha: Chapeu, navalha, punhais, baralho, moedas, etc.
Cores: Branco e vermelho, branco e preto, preto e vermelho.
Ferramentas: Baralho, moedas, navalhas, punhais, dados, dendê, etc.
Flores: Rosas e cravos vermelhos e brancos.
Comidas: Coco verde, lascas de rapadura, carnes, farofas, etc.
Bebidas: Aguardente, cerveja clara, cerveja escura, licores, uísque, etc.
Fumo: Charutos, cigarrilhas, fumo de corda, ervas enroladas na palha.
Pontos de Força: Ruas e encruzilhadas.
Saudação: Salve a malandragem!

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Fontes:
Adaptação do texto original postado no site Instituto Cultural Sete Porteiras do Brasil.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Os Quatro Elementos Naturais e os Elementais - Parte 2

Os Quatro Elementos Naturais e os Elementais - Parte 2
Imagem: Reprodução/Google
Os elementais (também conhecidos como Devas) são espíritos da natureza, naturalmente puros. Não possuem forma específica já que são etéricos, mas já foram observados algumas vezes e se plasmaram para nós de uma forma que pudéssemos compreender (vide imagem).
São co-criadores de tudo que existe na natureza (exceto os animais), nada acontece sem sua interferência: desde a preparação de um solo à formação de uma rocha. São seres divinos, inteligentes e trabalhadores incansáveis. Mesmo que não possamos vê-los, estão o tempo todo trabalhando pelo nosso planeta - estão em todos os lugares.


Classificação

Elementais do Ar
Silfos, entidades de poderes mágicos que os diferem dos outros espíritos da natureza por serem de uma constituição sem forma definida, uma massa semi-sólida de substância etérea. Exemplo: Fumaça, efeitos de luz através dos pirilampos, Aurora Boreal, arco-íris, etc.
No terreiro, manifestam-se não só através dos ventos, como da fumaça dos defumadores e incensos. Movimentam as energias negativas, dissipando-as. Potencializam fluídos positivos, transportam energias para todos os cantos da casa e as pessoas presentes.

Elementais do Fogo
Salamandras, entidades diretas do fogo, que não possuem forma definida. Tem-se, quando as vemos, a impressão de uma forma fundamentalmente humana, o rosto, quando não é velado pelas chamas, é de aparência humana, mas na maior parte das vezes apresentam-se na forma de lagartixas, camaleões ou escorpiões.
No terreiro, manifestam-se através da chama das velas, na queima da pólvora, queima de materiais em alguidares, queima das ervas para defumação, etc. Queimam larvas astrais, ativam magias, energizam e fortalecem os trabalhos.

Elementais da Água
Sereias, ondinas e ninfas, que são entidades do amor, que vivem nas águas do mar, lagos, lagoas, rios e cachoeiras, semelhantes às graciosas mocinhas de cabelos longos que vemos nos mais diversos contos folclóricos. Comandam toda a fauna aquática e podem encaixar (incorporar) na forma de sereias, serpentes marinhas, gaivotas, etc.
No terreiro talvez seja o elemento mais utilizado. Possui energia altamente condutora, manifestam-se através das águas nas quartinhas, copos de firmeza dos Anjos de Guarda, batismos, etc. Realizam grande limpeza, purificação e energização do corpo astral e da casa. Equilibram e acalmam.

Elementais da Terra
Gnomos e Duendes, que são entidades que habitam as florestas e lugares desertos. Têm a forma semelhante aos anões e atuam sobre tudo e sobre todos os que habitam ou transitam nas matas e florestas, dando sinais através de Bicho de Pau, cobras e aves como a Graúna, Melro e semelhantes.
No terreiro, manifestam-se de forma muito fácil (como os silfos) porque estão presente em todos os lugares, por ser o próprio chão. Estão presentes também nos assentamentos. A razão pelo qual os médiuns trabalham descalços (e que os consulentes preferencialmente sejam atendidos descalços também) é para estar em contato direto com a terra, para que os elementais transmutem as energias negativas que o corpo envia, reenviando energias equilibradoras, regeneradoras, estabilizadoras, etc.

Elementais "Mistos"
Dragões: entidades de todos os elementos (dragões do ar, fogo, água e terra), são como divindades do Reino Elemental. Concebem a realidade elemental e sustentam os demais seres.
Unicórnios: são sentinelas, guardiões de todo o Reino.
Fadas: Alguns acreditam ser apenas do ar, outros que pertencem a todos os elementos (como os dragões). São rápidas e possuem alto poder de realização.
Elfos: São entidades em muito semelhante aos silfos, sem forma corpórea definida, pois aparecem da combinação do Ar e do Fogo sobre os metais. São beliscosos.
Avissais: São entidades que entrelaçam os elementos da terra e da água, e apresentam-se em massa disforme, porém bem densa e atuam na água e na terra.


Atuação com Orixás e Guias Espirituais
Os Orixás, como forças da natureza, são os regentes da energia elemental. Quando pedimos a Omolu que transmute, através da terra, nossos sentimentos negativos, estamos pedindo também aos elementais da terra, já que os duendes e gnomos operam junto à Omolu. E assim o é para os outros Orixás e seus respectivos elementais (silfos para Yansã, sereias para Yemanjá, salamandras para Xangô, etc).
Os Guias Espirituais também interagem com os elementais a nosso favor, seja incorporados nos terreiros (através de seus alguidares com fogo, fumos, potes com água, etc) ou na Espiritualidade atuando diretamente com eles. Tudo na natureza e na espiritualidade convive em perfeita harmonia, em suporte mútuo para o bem do planeta.


Características e Trato
Os elementais não se contaminam com dúvidas dissociativas, com egoísmo ou com inveja, como acontece com os homens, a não ser que sejam deturpados. Predominam neles inocência e ingenuidade cristalinas. Prontos a servir, acorrem solícitos ao nosso chamamento, desejosos de executar nossas ordens (de preferência, a serviço do bem maior sempre). Nunca devemos utilizá-los em tarefas menos dignas, ou a serviço de interesses mesquinhos e aviltantes. Aquilo que fizerem de errado, escravizados por nós, refluirá inevitavelmente em prejuízo de nós próprios (Lei do Karma). Além disso, devemos utilizar os seus serviços na justa medida da tarefa a executar, para que eles não se escravizem aos nossos caprichos e interesses. Nunca esqueçamos de que eles, como nós, são seres livres, são partes da Natureza e nela fazem sua evolução; e que nós mesmos para chegarmos onde hoje estamos, passamos por esse processo de evolução. Podemos convocá-los à serviço do amor e para o bem de nossos semelhantes já que, com isso, lhes aceleramos a evolução. Mas é preciso respeitá-los; as Leis Divinas devem ser observadas. Terminada a tarefa que lhes confiamos, cumpre liberá-los imediatamente, agradecendo a colaboração e pedindo a Deus que os abençoe; é de nossa inteira responsabilidade o trato com elementais e devemos fazê-lo com atenção.


Altar Elemental e Oferendas
É possível montar um altar no terreiro e em nossas casas para mantermos um maior contato com estes maravilhosos seres. Basta ter um pouco do elemento (água, vela acesa para o fogo, incenso para o ar, cristais e/ou plantas para terra). Elementos como frutas, mel, grãos, óleos, entre outros, podem ser oferendados. As cores de velas podem ser verde para terra, azul para água, vermelho para fogo e amarelo ou branco para ar.


Provas de sua Existência
Os materialistas não acreditam na existência dos Seres da Natureza alegando não serem visíveis. A invisibilidade desses seres é explicada pelo fato de serem formas etéricas, habitantes de planos energéticos com múltiplas graduações, não perceptíveis aos olhos humanos. Muitas observações mostram que os elementais usam duas formas distintas: o Corpo Astral Permanente e um veículo etérico materializado temporariamente.
As ações resultantes do seu trabalho, sim, são visíveis. Como exemplo histórico, cita-se a Comunidade de Findhorn (Escócia). Num local totalmente impróprio para a agricultura fizeram surgir, com sua orientação, flores, verduras, árvores frutíferas, etc. Na ocasião (década de 60), este fato chamou atenção das autoridades governamentais do país, que mandaram examinar o local. Nos exames foi constatada ausência de qualquer ingrediente químico e que a terra havia sido enriquecida de forma natural e inteligente. Clique aqui para ler mais sobre essa história.


Por ora, sobre este assunto, é só. Aproveite com sabedoria.
Paz e Luz!

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Site: Minha Umbanda
Curso Umbanda EAD: Seres da Natureza. Já foi ministrado antes, mas como acontece com alguns cursos, eles voltam depois de um tempo.

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Os Quatro Elementos Naturais e os Elementais - Parte 1

Os Quatro Elementos Naturais e os Elementais - Parte 1
Imagem: Reprodução / Google
O ar, a água, o fogo e a terra compõem os quatro elementos da natureza. São a base da Criação e essenciais para a vida humana e existência do mundo. Na Umbanda, esses quatros elementos são fundamentais para a concretização de várias ações magísticas realizadas e ativadas por ela. Explicando magia:

Magia é a capacidade de transformar, mudar, alterar e modificar energias, situações e vibrações. E como todas as religiões, entre tantas outras coisas, também têm a função de mudar energias, de transformar sentidos, sentimentos e vibrações, de transmutar determinadas condensações magnéticas e modificar formas-pensamentos contrárias a qualquer sentido positivo e divino, são, portanto, magísitcas.

Vale ressaltar que Magia é a “Mãe” de todas as Ciências, pois é a manipulação e transformação da matéria, portanto, até no simples ajoelhar para rezar, de acender uma vela, de dar um passe energético, de benzer, de defumar, de bater cabeça, encontramos ações magísticas, afinal mudamos nossas energias ao manifestar tais atos.
O caso é que a Umbanda é uma religião que assume claramente sua capacidade de transformação usando potencialmente os quatros elementos, portanto tem grande capacidade de modificar qualquer situação e energia. Não é a toa que os terreiros de Umbanda estão lotados de pessoas necessitando de mudanças drásticas em suas vidas. A Umbanda é uma religião ligada essencialmente à natureza, ou seja, essencialmente aos quatros elementos da natureza, tanto é que os Orixás representam essas forças da Natureza. Assim sendo Oxum e Iemanjá manifestam a energia da água. Ogum e Xangô a energia do fogo, principalmente. Oxóssi e Yansã a energia do ar principalmente, e Omolu e Nanã a energia da terra. A Umbanda utiliza ativamente e potencialmente o éter vital ou prana desses elementos da natureza em seus rituais para transformar, transmutar, potencializar, curar e equilibrar qualquer energia. 
O éter é o fluído sagrado da vida, que se encontra em todo o cosmo; fluído essencial do Universo, que, em todas as direções, é o veículo do pensamento divino. É a substância de onde emanam todos os elementos da criação, elementais e signos.

Na Umbanda utilizamos esses elementos (pelo menos dois deles) em todos os rituais, ou seja, nos atos magísticos, nas manifestações das forças naturais dos Orixás, nos assentamentos, batismos, etc. Dessa forma, é importante saber e entender o que representam esses quatros elementos; como atuam, o que significam, o que ativam, o que realizam em nós e de que forma. É essencial saber sobre as forças e os poderes essenciais e vibracionais de cada elemento. É fundamental que os umbandistas, médiuns ou não, saibam como fazer uso de forma adequada, positiva e benéfica desses elementos, assim como entender o que os Guias de Luz estão manipulando e quais suas intenções ao acenderem uma vela (manipulação da energia Fogo), ao borrifarem água (manipulação da energia Água), ao exalarem fumaça do charuto (manipulação da energia Ar), ao colocar as mãos, as guias ou água no chão (manipulação da energia Terra), ao pedirem uma oferenda em determinados campos de força, entre tantas outras coisas. Para cada elemento temos seu elemental correspondente, a ser visto na próxima postagem.

Ar: O elemento ar pode ser ativado para desenvolver a inteligência, o lado racional, a memória e a capacidade verbal e corporal. Energia expansora e movimentadora. Lida diretamente com as questões do mental. As oferendas feitas em campos abertos, ativando a energia do ar, dilata os sete corpos e deixa a pessoa mais leve e harmonizada.
Orixás relacionados: Oxalá, Yansã, Oxóssi, Ogum.

Água: A energia da água pode estimular a intuição e ajudar a expressar os sentimentos com mais facilidade. Atua também em questões práticas, como adquirir jogo de cintura em situações complicadas e vencer a timidez. Elemento que simboliza a Vida, que alimenta, que lava (descarga fluídica) e conduz (meio condutor de fluidos). Lida diretamente com as questões emocionais. As oferendas feitas à beira d’água limpam, sutilizam e magnetizam o corpo astral.
Na Umbanda utilizamos água de mar, água de cachoeira, água mineral, água de chuva, água de rios e lagoas e água de poço. Clique aqui para ler mais sobre a atuação de cada tipo.
Orixás relacionados: Yemanjá, Oxum, Nanã.

Fogo: A vibração do elemento fogo certamente proporciona mais entusiasmo e otimismo. Potencialmente usado para transformar o sentimento de desânimo, para motivar ações nos momentos de colocar objetivos em prática. Aumenta a criatividade e bom humor. Elemento que simboliza o “espírito vivo”, a purificação e a luz, é energia purificadora e energética. Lida diretamente com as questões do destino. As oferendas feitas perto do fogo, como é no caso de fogueiras, queima miasmas, larvas astrais e energiza.
Orixás relacionados: Ogum, Xangô, Yansã, Exu.

Terra: Este elemento está ligado às conquistas materiais, à saúde e ao trabalho. Sua influência é ideal a quem busca segurança e determinação, para começar um projeto novo ou procurar emprego. Energia transformadora e curadora. Lida diretamente com as questões do físico. As oferendas feitas diretamente na terra potencializam o magnetismo mental e a concentração energética fortalecendo a vibração da pessoa.
Orixás relacionados: Omolu, Nanã, Oxóssi, Exu.


Na próxima postagem falarei detalhadamente sobre os Elementais. Até lá!

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sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Os Crakras e a Umbanda

Os Crakras e a Umbanda
Imagem: Reprodução / Google
A palavra Chakra é um termo sânscrito que significa roda, círculo em movimento.
 Os chakras são centros energéticos que trabalham em sintonia entre si e com todo o corpo físico e psíquico (humano ou animal). Estão interrelacionados com os sistemas parassimpático, simpático e sistema nervoso central.
 A sua função é revitalizar, equilibrar e interagir com o corpo físico e psíquico, trazendo desenvolvimento à nossa consciência. São vórtices por onde flui a nossa energia vital. São vórtices, ciclones em miniatura, que fazem circular as energias numa determinada vibração. Temos no corpo humano centenas de chakras hierarquizados por ordem de importância; nesta ordem temos os 7 Chakras Principais ou Magnos, 21 chakras grandes e os demais dividem-se em médios e pequenos. Os chakras principais estão situados nos plexos, nas redes ou interconexões de nervos, vasos sanguíneos ou vasos linfáticos.
Cada um tem uma cor, um mantra, um cristal e um elemento da natureza a que corresponde. Os sete chakras estão localizados ao longo da coluna vertebral, dispostos verticalmente e cada chakra tem funções específicas, mediante o recebimento de energias internas e externas, bem como no recebimento das energias divinas da Criação.
Por isso é importante que conheçamos os chakras, pois além de comandarem energeticamente as funções do corpo, são portais das energias divinas, ou seja, dos Orixás. Cada Orixá rege um chakra específico de acordo com sua atuação, e os Guias Espirituais atuam neles, ajudando-nos a equilibrá-los.



7º Chakra: Sahasrara (Lótus de Mil Pétalas) ou Coronário
Localização: Topo da cabeça
Cor: Violeta
Glândula: Pineal/Epífese
Ponto Central: Consciência, visão universal, ligação superior (divino), conhecimento, despertar
Em Equilíbrio: Auto-conhecimento, sabedoria, consciência, evolução, vivência plena do ser
Em Excesso: Muito intelectual, confusão mental, fanatismo religioso
Em Deficiência: Ceticismo espiritual, estagnação, crenças limitadas, materialismo, separação do ser com o universo
Bloqueio: Ligações terrenas
Orixá correspondente: Oxalá
Pedra: Quartzo branco, magenta, pirita
Elemento: Todos os elementos/Universo
Na mediunidade: O médium distingue esta influência por forte turbulência na nuca, tonturas, etc.

 6º Chakra: Ajna (O Centro de Comando) ou Frontal
Localização: no 3º olho, entre as sobrancelhas
Cor: Índigo (azul escuro)
Glândula: Pituitária/Hipófise
Ponto Central: Percepção consciente do ser, intuição, imaginação, sentidos, inspiração, memória, discernimento intelectual
Em Equilíbrio: Auto-reflexão, vidência, percepção psíquica, interpretação correta, boa imaginação, força do pensamento, enxergar com clareza
Em Excesso: Alucinações, delírio, inveja
Em Deficiência: Memória fraca, visão fraca, estado de negação, ceticismo
Bloqueio: ilusão
Orixá correspondente: Oxóssi 
Pedra: Sodalita, cristais brancos, ametista, lazuli
Elemento: Todos os elementos
Na mediunidade: O médium distingue esta influência por forte turbulência na fronte, que ocasiona às vezes, dores de cabeça.

 5º Chakra: Vishudda (Purificador) ou Laríngeo
Localização: Garganta
Cor: Azul
Glândula: Tireoide
Ponto Central: Comunicação, expressão, criatividade da linguagem, vibração
Em Equilíbrio: Auto-expressão, comunicação clara, criatividade, ressonância, honestidade interior em relação a si mesmo e aos outros
Em Excesso: Exagero, tagarela, fofoca, incapacidade de ouvir
Em Deficiência: Medo de falar, auto-censura
Bloqueio: Mentira
Orixá correspondente: Iansã e Ogum
Pedra: Quartzo azul, safira azul, ágata marinha
Elemento: Éter
Na mediunidade: O médium distingue esta influência pela sensação de estar carregando alguém nos ombros.

 4º Chakra: Anahata (Invicto) ou Cardíaco
Localização: Centro do peito
Cor: Verde (pode ficar rosa)
Glândula: Coração/Timo
Ponto Central: Amor, relações
Em Equilíbrio: Auto-aceitação, amor incondicional, compaixão, equilíbrio, boas relações, ligação entre superior e inferior
Em Excesso: Co-dependência, possessividade, ciúmes, ira, ódio
Em Deficiência: Falta de amor próprio, falta de empatia, solidão, timidez, amargura, crítica exacerbada, frieza, indiferença
Bloqueio: Mágoa
Orixá correspondente: Oxum
Pedra: Quartzo verde, esmeralda, quartzo rosa
Elemento: Ar
Na mediunidade: O médium distingue esta influência pelo ritmo acelerado do coração.

 3º Chakra: Manipura (Cidade das Joias) ou Plexo Solar/Gástrico
Localização: Plexo solar, boca do estômago
Cor: Amarelo
Glândula: Pâncreas
Ponto Central: Personalidade, poder, vontade, saber, aprender, troca de energia
Em Equilíbrio: Auto-definição, vitalidade, espontaneidade, força de vontade, propósito, auto-estima
Em Excesso: Agressividade, hiperatividade, orgulho, dominação, egocentrismo
Em Deficiência: Falta de vontade, falta de posicionamento, baixa auto-estima, medo de agir, submissão
Bloqueio: Vergonha
Orixá correspondente: Xangô 
Pedra: Citrino, topázio
Elemento: Fogo
Na mediunidade: O médium distingue esta influência por distúrbios estomacais e intestinais, com azia e desinteria em casos agudos.

 2º Chakra: Svadhisthana (Morada do Prazer) ou Esplênico/Sexual/Umbilical
Localização: Abaixo do umbigo
Cor: Laranja
Glândula: Baço/Sacro
Ponto Central: Desejo, prazer, curiosidade, emoções, sexualidade
Em Equilíbrio: Auto-satisfação, prazer, fluidez, sexualidade plena, criatividade
Em Excesso: Muito emocional, vício em sexo, falta de limite, ligações obsessivas, luxúria
Em Deficiência: Falta de energia, indiferença, apatia, frigidez, impotência, rigidez, medo do prazer
Bloqueio: Culpa
Orixá correspondente: Yemanjá e Exu 
Pedra: Cornalina, quartzo laranja, calcita
Elemento: Água
Na mediunidade: O médium distingue esta influência pela aparente falta de ar, como se tivesse um torpor em todo lado esquerdo, em consequência da expansão dos gases naturais internos.

 1º Chakra: Muladhara (Base e Fundamento) ou Básico/Raíz
Localização: Entre o órgão genital e o ânus
Cor: Vermelho
Glândula: Suprarrenais/Coccix
Ponto Central: Sobrevivência, suporte, ligação terrena, mundo material, mundo físico
Em Equilíbrio: Auto-preservação, estabilidade, ligação terrena, prosperidade, confiança, independência, força pessoal, vitalidade, generosidade 
Em Excesso: Lentidão, monotonia, materialismo, ganância, agressividade, avareza, extremismo
Em Deficiência: Medo constante, falta de disciplina, falta de foco, medo da vida
Bloqueio: Medo
Orixá correspondente: Omolu e Nanã
Pedra: Turmalina negra, rubi, ágata, granada vermelha
Elemento: Terra
Na mediunidade: O médium distingue esta influência pela aparente prisão ou dificuldade de movimento dos membros inferiores, assim como a ativação dos reflexos biológicos controlados pelos órgãos abrangidos por este chakra.


Harmonização dos Chakras
A harmonização dos chakras se dá através da meditação. É interessante ter o auxílio de um mestre Yoga para auxiliar-nos completamente em todas as etapas, já que nos dias de hoje estamos cada vez mais ansiosos e agitados. Podemos tentar esse método nós mesmos (que pode não ser assim tão fácil, já que é necessário concentração e relaxamento). Dessa forma criamos um campo energético de equilíbrio e harmonia, muito parecido com a meditação que fazemos com os Guias espirituais, mas de uma forma mais intensa.

Prepare um ambiente confortável, com luz suave. De preferência em lugar silencioso, não muito frio, nem muito quente. Coloque-se confortavelmente, sentado ou deitado. Procure relaxar toda a musculatura de seu corpo. Repare na sua respiração e procure suavemente colocar um compasso mais calmo, respirando mais profundamente. Essa respiração deve ser abdominal. Imagine seu abdômen se enchendo de ar e vá soltando aos poucos até soltá-lo totalmente. Faça essa respiração por algumas vezes até sentir que está completamente relaxado.
Agora, a cada inspiração que der imagine o ar entrando por suas narinas numa cor vermelha como se fosse uma névoa, indo se depositar no seu chakra básico, localizado entre o ânus e os genitais, que se abre para baixo. Veja esse chakra como se fosse uma flor e a cada inspiração concentre sua atenção, simplesmente sem intenção nenhuma ou expectativa. Sua atenção estimula uma suave animação do chakra que começa a girar lenta e constantemente. Uma energia morna e latejante flui do mesmo. Sinta como você fica calmo e sereno, repleto de gratidão pelo planeta que é o seu lar. Conserve essa calma e serenidade dentro do seu ser.
Imagine agora o ar mudando para a cor laranja e a cada inspiração ele entrando por suas narinas como uma névoa, indo se depositar no seu chakra esplênico, localizado abaixo do umbigo um palmo, abrindo-se para frente. Da mesma forma concentre somente sua atenção a cada inspiração, que anima o segundo chakra, fazendo-o circular um pouco mais vibrante do que no primeiro chakra.
Essas vibrações vão se expandindo em círculos cada vez maiores até o envolver totalmente, como se estivesse abraçando e aconchegando com muita energia. Sinta a grande segurança, deixe-se levar pelo carinho, confie. Essa é a energia de um novo tempo, de um novo momento e um sentimento profundo de felicidade se espalha por todo seu ser. Guarde com você esse sentimento.
Concentre-se agora no terceiro Chakra, o do Plexo Solar, localizado dois dedos acima do umbigo, abrindo-se para frente. Inspirando o ar profundamente na cor amarela como se fosse uma névoa, deposite no chakra com toda a intensidade de sua mente. Permaneça assim, sua atenção estimulando o chakra do plexo solar, fazendo com que se desprenda uma energia morna e poderosa. Essa energia penetra no mais profundo de sua alma, aquecendo e iluminando como os raios de um sol. Sinta a paz e a força que partem de você.
Inspirando o ar profundamente na cor verde como se fosse uma névoa, deposite no quarto chakra, conhecido como Cardíaco, localizado no meio do peito, que se abre para frente. Simplesmente sinta essa região, sem expectativas, nem objetivos. Essa atenção produz em seu chakra cardíaco uma vibração que se espalha em ondas suaves, ondas de energia que fazem esse centro de força entrar em movimento giratório, abrindo-se como uma flor. Imagine que essa flor abre suas pétalas conforme gira lenta e suavemente sua cor esverdeada intensifica seu brilho partindo raios de luz, despertando em você muito amor e harmonia que te liga aos planos mais altos.
Sinta junto de você uma presença angelical, um ser amigo que te ampara, protege e orienta em todos os momentos de sua vida. Fique com esse sentimento de amor e com a certeza de que você nunca está sozinho. Passando a atenção para o próximo chakra, o da laringe, que se localiza na cavidade do pescoço, inspirando o ar na cor azul clara, como se fosse uma névoa, deposite-o com intensidade.
Somente perceba essa região, dedicando sua atenção, sem esperar nada, sem objetivos. Sua atenção anima o chakra da garganta, você percebe que ele começa a vibrar em círculos, espalhando um brilho azul suave por todo seu íntimo. Dentro de você sinta que sua vida se torna clara, ampla, livre e ilimitada. Tudo nesse momento se transforma dentro de você, todas as possibilidades se ampliam e você percebe que tudo pode, que tudo sabe.
Nesse momento você se aceita como é e deixa essa sua nova energia interna se irradiar livremente e abertamente para fora, contagiando a todos, ao ambiente e ao planeta. Concentre sua atenção no chakra Frontal, situado na testa, com abertura para frente. Inspire profundamente e ao fazê-lo visualize o ar na cor azul escuro, índigo. Concentre sua atenção no chakra, envolvendo-o numa névoa nessa cor e lhe transmitindo energia. Essa energia estimula uma vibração que se espalha em círculos de uma forma sutil. Deixa uma sensação de calma profunda e quietude, um silêncio absoluto das profundezas das águas. O silêncio é cada vez maior, seus pensamentos estão claros, nítidos, na superfície da mente. Sua consciência torna-se plena, desse silêncio chega até você em forma de intuição, imagens, sons, sensações ou compreensões diretas.
Enquanto você permanece com essas sensações, encaminhe sua atenção para o chakra coronário, situado no alto da cabeça, que se abre para cima. Coloque somente atenção no alto da cabeça e de uma pequena abertura visualize uma luz clara e violeta brilhando no seu interior. Imagine que você entra no seu interior como num templo sagrado e de lá vê uma nova abertura, como um teto que por ele penetra uma luz branca e brilhante que se derrama sobre você e penetra pelos seus poros te preenchendo completamente. Nesse momento você se torna pleno. Você reconhece que essa luz brilha dentro de você desde o começo, que ela te une ao criador e juntos vocês se tornam um. Repouse nessa luz, sem desejar ou querer nada. Simplesmente usufrua dessa magnitude do momento e se deixe iluminar. Você voltou a sua origem e essência, você chegou ao fim da sua viagem...
Essa luz permanecerá para sempre dentro de você, dentro de sua alma. Permita que isso permaneça em sua vida e dentro do seu mundo. Vá voltando sua atenção novamente para o seu corpo, espreguice-se, respire profundamente e sinta que você está de volta no aqui-e-agora. Com os olhos fechados ainda, sinta mais uma vez todas as emoções e sensações que essa viagem te despertou e com calma abra os olhos.


A Kundalini
A Kundalini é o poder do desejo puro dentro de nós. A energia de nossa alma e de nossa consciência. A emanação do infinito, da energia cósmica que vibra dentro de cada ser humano. Como energia criativa,o Kundalini pode ser imaginada a uma serpente enroscada e adormecida na base da coluna e, que ao ser despertada, expande de forma extraordinária nossa consciência; é a potencialidade que todos nós temos e somos capazes de ser. O despertar da energia Kundalini nos conscientiza de nossas capacidades criativas e torna possível a nós, seres humanos, com identidades finitas, a oportunidade de nos relacionarmos com nossas identidades infinitas. Isto ocorre quando o nosso sistema glandular é ativado junto ao nosso sistema nervoso e estes são combinados para criar um movimento ou fluxo no fluído espinhal, numa sensitividade nas terminações nervosas. Nestas condições, o cérebro recebe os sinais e os integra obtendo como resultado, uma forte percepção que se expande numa tremenda claridade. Pode-se perceber os efeitos e os impactos de uma ação antes dela acontecer e assim, adquirimos o poder da escolha de agir ou não. A consciência nos dá esta escolha e a escolha nos dá liberdade. Quando há um fluxo constante da Kundalini, é como se estivéssemos nos despertando de um longo cochilo. Deixamos de viver numa realidade imaginária e nos tornamos compromissados com nossos propósitos e metas, aproveitando muito mais os prazeres da vida.
O nosso sistema foi construído para sustentar o despertar da energia Kundalini, resta-nos saber se estamos usando-a em toda extensão desta potencialidade.
O fluxo da Kundalini é liberado a partir do Chakra do umbigo e sobe até o chakra da coroa, acima do topo da cabeça; daí, a energia começa a descer passando pelos chakras até a base de nossa coluna. Depois de alcançar o chakra raíz, ela volta para o centro do umbigo. A ascensão da energia é o caminho para a liberação. É chegar a percepção de que a realidade de Deus está dentro de cada um de nós. A ascensão da Kundalini é o desenroscar da consciência Divina, o testemunho da realidade do poder ilimitado que é a essência de nossas almasClique aqui para ler mais.


Esse é um apanhado que fiz para nos ajudar a entender melhor sobre o assunto e sua relação com a Umbanda. Ainda assim, é um tema complexo que necessita ser estudado com mais profundidade.
Saravá!

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Fontes:
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