terça-feira, 24 de novembro de 2015

Batismo de Crianças na Umbanda

Batismo de Crianças na Umbanda
Imagem: Reprodução / Erica Catarina Fotografia
O batismo de bebês e crianças é um momento sublime e de grande importância. É neste momento em que a criança recebe as bênçãos e a proteção da espiritualidade.
É importante lembrar que não somente bebês e crianças podem ser batizados desta forma, mas também adultos que desejarem ter a bênção da Umbanda e dos sagrados Orixás. 


Ritualística
1. Bater a cabeça
2. Defumação
3. Firmeza de tronqueira
4. Abertura
5. Louvação a Umbanda/Hino da Umbanda
6. Oração
7. Sacramento:
Depois de o sacerdote acomodar a família e os padrinhos, a criança é apresentada a todos os Orixás, em forma de pontos cantados. Primeiro a Oxalá, orixá maior. Depois Oxum, a yabá da maternidade e zeladora de todas as crianças. Posteriormente, todos os outros Orixás cultuados na casa e então Cosme e Damião, protetores das crianças;
A criança é consagrada com a vela (a iluminação);
Depois o pó de pemba cruza partes do corpo (simbolizando a lei de Umbanda);
O azeite cruza o chakra frontal (símbolo da proteção divina e dos quatro elementos);
O sacerdote e os padrinhos lavam o chakra coronário com a água de cachoeira;
O sacerdote batiza, os padrinhos fazem os juramentos, canta-se um ponto de batismo e a criança é apresentada aos convidados.

Local
Terreiro de Umbanda.

Elementos do ritual
Água de cachoeira, azeite consagrado, pó de pemba branca virgem e vela branca de batismo.


  • Este ritual é do pai Pedro Luís Togni, sacerdote do Grupo de Umbanda São Miguel Arcanjo, localizado em Poços de Caldas/MG.

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Linha de Sereias

Linha de Sereias
Imagem: Representação popular das Sereias. Editadas em conjunto / Google

As Sereias, também conhecidas como Povo D'Água, são elementais da água. São seres encantados que vibram no 5º Plano da Criação. Essa linha abrange Sereias, Ondinas e Ninfas, seres que habitam os mares, rios, cachoeiras, lagos e lagoas. Todas são chamadas de Sereias para facilitar.
A linha é regida por Yemanjá, mas encontramos Sereias de Yemanjá, Oxum e Nanã Buruquê, cada uma na vibração dessas iabás.
Geralmente, relacionam Sereias a Yemanjá, Ninfas a Oxum e Ondinas a Nanã, tanto que é possível notar algumas diferenças em suas manifestações.
Dizemos manifestações porque o "mecanismo" de incorporação desta linha é diferente das demais. Elas mais irradiam sua energia do que propriamente incorporam.
Possuem uma manifestação sutil e são muito leves em seus movimentos. Podem girar, dançar, ficarem sentadas ou movimentarem-se com leveza. Algumas emitem sons, que são como mantras que desagregam miasmas. Não falam.
Limpam profundamente o terreiro e trazem muita paz e tranquilidade ao médium. Possuem em si as qualidades de Yemanjá e do fator aquático: equilibram, purificam, transmitem emoções doces e promovem a geração de novas ideias.

Não devem ser confundidas, entretanto, com as Sereias das lendas. Não são seres que cantam para "levar consigo" os mais desavisados. Todos os elementais são puros e naturalmente bons, trabalham a favor do bem estar do planeta, do equilíbrio da natureza. Num terreiro de Umbanda não é diferente: quando são chamadas, prestam o bem limpando e energizando o ambiente e todas as pessoas presentes. E para chamá-las, basta cantar pontos de Yemanjá (principalmente), Oxum, Nanã e pontos da linha de Sereias.


Símbolos de representação da linha: Sereias, ondas.
Cores: Azul
Elementos de Oferenda: Elementos de Yemanjá. Flores brancas, frutas aquosas, conchas e ervas.
Pontos de Força: Mares, rios, cachoeiras, lagos e lagoas.

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sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Carta Magna de Umbanda

Carta Magna de Umbanda
Imagem: Reprodução / Google
Hoje a Carta Magna de Umbanda será promulgada na Câmara Municipal de São Paulo. É um importante passo para nossa Umbanda!
A Carta Magna é um documento, uma diretriz dos fundamentos da Umbanda. Foi escrito por diversos umbandistas nos fóruns realizados.
Como dito no site oficial do Congresso, a Carta não pretende impor ritualísticas e modos de trabalho únicos. A Umbanda é diversa e plural e continuará sendo; a carta apenas norteia os fundamentos da religião (assim como qualquer religião possuem os seus). A atualização do documento está previsto para 2017, e todos aqueles que quiserem participar, basta se inscrever no site na época em que for liberado. 

No fim dessa postagem deixei dois links. Façam a leitura!
Segue o texto da Carta:

1. Umbanda é uma religião espiritualista de doutrina afro-indígena-euro-brasileira.
2 . É uma religião monoteísta, que crê na existência de um Deus único, inteligência suprema, causa primária de todas as coisas, eterno onipotente, onipresente, soberanamente bom e justo.
3. A Umbanda crê e cultua de forma própria os Orixás Africanos sincretizados com os Santos Católicos, Guias e Mentores Espirituais que, como ministros de Deus, zelam e O auxiliam na realização de Sua obra.
4. A Umbanda crê na reencarnação e na incorporação das entidades espirituais, em vidas sucessivas, no aprimoramento espiritual e aperfeiçoamento do ser humano para conduzi-lo a Deus.
5. O espírito denominado Caboclo das Sete Encruzilhadas, incorporado no médium Zélio Fernandino de Moraes no dia 15 de novembro de 1908, em São Gonçalo das Neves / RJ – data que reconhecemos como sendo o nascimento da Umbanda - anunciou: “Com os espíritos evoluídos e adiantados aprenderemos; aos atrasados ensinaremos e a nenhum negaremos uma oportunidade de comunicação”.
6. A Umbanda considera a natureza com tudo que ela encerra como a obra máxima do Criador, sendo o altar de Deus – o lugar onde se pode com Ele conversar, porquanto, preservar a natureza é obrigação de fé de cada umbandista.
7. A Umbanda é uma religião sincrética fruto da cultura religiosa de três segmentos: branco do elemento europeu, colonizador; negro – escravizado na África para laborar na terra e o indígena que já ocupava esta terra, portanto, não admite qualquer forma de preconceito, discriminação ou intolerância.
8. A Umbanda tem liturgia e ritos próprios derivados da diversidade de raças e culturas que a fundamentam. São práticas litúrgicas umbandistas:
8.1 - A preparação e formação mediúnica e sacerdotal;
8.2 – O Batismo;
8.3 – O Casamento;
8.4 – Os Ritos Fúnebres.
9. Constituem símbolos da Umbanda:
9.1 O Hino a Umbanda;
9.2 A Bandeira da Umbanda;
9.3 O Juramento Umbandista.
10. Sendo a Umbanda a manifestação do espírito para a prática da caridade deverá sempre ser exercida sem remuneração, salvaguardada a sustentação financeira da organização religiosa.
11. O adepto da religião de Umbanda deve sempre seguir a ética religiosa e a lei dos homens.
12. Todo irmão umbandista que desejar fazer parte do corpo mediúnico de um Templo deverá prestar o “Juramento Umbandista”.
13. A Umbanda defende uma sociedade em que todas as religiões sejam igualmente respeitadas, a promoção da tolerância como princípio republicano e a preservação da educação pública laica.
14. A Umbanda será sempre uma casa de portas abertas para todos.

Justos e perfeitos, os subscritores desta, a qual estará aberta a adesões, reafirmam o compromisso permanente com o engrandecimento da Umbanda e seus valores magnos.


São Paulo, 13 de novembro de 2015.


Federação Umbandista do Grande ABC
Babalaô Ronaldo Antonio Linares

União de Tendas de Umbanda e Candomblé do Brasil
Jamil Rachid (Pai Jamil)

Federação de Umbanda e Candomblé do Estado de São Paulo
Carlos Roberto Salun (Pai Salun)

Organização Federativa de Umbanda e Candomblé do Brasil – Primado do Brasil
Presidente Maria Aparecida Naléssio 

Supremo Órgão de Umbanda e Candomblé dos Filhos de Tupinambá do Estado de São Paulo
Reinaldo dos Santos Tupinambá (Pai Reinaldo)

Associação Beneficente Paulista de Umbanda
Edson Izidro dos Anjos (Pai Edson)

Associação de Umbanda Espiritualista do Estado de São Paulo
Sandra Santos

União Regional Umbandista da Zona Oeste Grande São Paulo
Cláudio Franco de Lima (Pai Cláudio)

Federação de Umbanda e Cultos Afro-Brasileiros de Diadema
Cássio Lopes Ribeiro (Pai Cássio)

Federação de Resistência da Cultura Afro-Brasileira
Waldir Persona (Pai Valdir)

União Municipal Umbandista de Guarulhos
José Juvenal dos Santos (Ogan Juvenal)

Associação Brasileira dos Umbandistas e Candomblecistas
Marco Campos

Dr. Hédio Silva Jr., Advogado, Mestre em Direito Processual Penal e Doutor em Direito Constitucional pela PUC-SP, Consultor Jurídico da FUG "ABC"

Dra. Juliana Ogawa, membro da Comissão de Direito e Liberdade Religiosa da OAB-SP e Assessora Jurídica da AUEESP e do Primado do Brasil


AVANTE FILHOS DE FÉ! COMO NOSSA LEI NÃO HÁ!
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Fontes e Links Úteis:
Site oficial do Congresso Nacional de Umbanda
Fraternidade Espírita Cristã

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Conhecimento dos Guias Espirituais

Conhecimento dos Guias Espirituais
Imagem: Reprodução / Google
Há algumas semanas estava vendo uns vídeos do sacerdote Alan Barbieri e ele falou algo interessante sobre o conhecimento terreno dos Guias, o que me fez lembrar de algo acontecido há muito tempo no terreiro em que trabalho. Vejo que algumas pessoas ainda sentem muita dificuldade em entender coisas básicas sobre os Guias Espirituais e a Umbanda em geral, e isso acontece não só por falta de conhecimento sobre a própria religião, mas também por pura preguiça de refletir sobre. Sim, preguiça. Se acomodar com a informação que vem prontinha, sem questionar ou refletir por si próprio.
E uma coisa que eu vejo que muitos umbandistas ainda não compreendem muito bem, é quão grande o conhecimento do Guia é, e não apenas sobre a espiritualidade - conhecimento terreno também.
O que o Alan disse foi basicamente isso: o Guia entende sim de muita coisa sobre o nosso mundo atual, afinal de contas, ele precisa conhecer nossas necessidades para entender nossos desejos e angústias.
O conhecimento espiritual de um Guia pode ser muito, muito extenso. Claro que pode variar conforme grau de evolução. Sempre pensamos que um Guia de direita tem mais evolução que um Guia de esquerda, o que não é verdade; um Exu pode ter tanta evolução quanto um Caboclo, por exemplo. Os Guias, ao se tornarem entidades da Umbanda, são preparados para trabalhar conosco. Muitos já são designados para nos auxiliar em nossa evolução, especificamente. Não param de evoluir e sempre trabalham para o bem.
Mas tem um detalhe: você tem que se permitir vivenciar tudo o que o Guia quer compartilhar com você. Dê abertura. Vejo que a Umbanda não é mais a velha história de "deixa que o Guia se vira", você é tão responsável quanto ele. Você também precisa conhecer coisas, estudar e se esforçar. Abrir a cabeça e permitir que o Guia te ensine. E isso inclui o Guia dos outros, pois todo conhecimento que temos veio da Espiritualidade.
Aprenda outros ensinamentos e debata com si mesmo, com seu Guia. Veja se aquele novo ensinamento "bate" com o que teu Guia quer e espera do seu trabalho. Cada Guia tem um ponto de vista diferente e sabe o que é melhor pra você.
Sabendo disso, fica claro entender que o Guia conhece sim as coisas do meio em que vivemos; estão conosco o tempo todo. Se entendem nossas necessidades e compreendem o que é melhor pra nós em nossa vivência na terra, é porque sabem como é o mundo hoje. Nada mais natural.
Sabem o que são os carros, os computadores e diversas outras tecnologias. Já ouviram nossas músicas!
A questão é que não importa falar disso, o objetivo dos Guias em terra é outro. Basta apenas saber o que essas coisas significam para nós, porque são importantes.

Se você acha que a entidade é boba e não sabe nada do que acontece por aqui, tudo bem... Mas não limite o poder de conhecimento de um espírito. O aprendizado é eterno! Lá e aqui.

Paz e luz!

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Dia de Finados na Umbanda

Dia de Finados na Umbanda
Imagem: Reprodução / Google
O dia de Finados vem da tradição que marca o Samhain, a passagem do ano do povo celta.
No festival do Samhain era celebrado (também) a vinda dos espíritos dos mortos para a Terra, para que visitassem seus entes queridos. E assim se tornou o dia de Finados, ou Dia de Todos os Mortos: uma forma de homenagear aqueles que um dia viveram no meio de nós.
Na Umbanda, o dia de Finados também é dia de homenagear Omolu, o Orixá curador que rege o desencarne (inclusive foi assim que Omolu ganhou fama negativa).
A morte não deve ser tratada como um tabu - é parte da natureza! Todas as coisas que nascem no universo, morrem um dia. E Omolu é o senhor das passagens de um plano para outro, de uma dimensão para outra, de um estado ou condição para outra, e mesmo do espírito para a carne e vice-versa, pois atua diretamente no processo reencarnatório, como Nanã. É um Orixá que cuida da evolução dos seres, das criaturas e das espécies. É a profundidade da terra, tudo que é gerado dela (e volta para ela). As irradiações de Omolu garantem o equilíbrio da Criação.
Junto à Omolu têm-se Yansã, que dentre outros domínios, também controla os eguns (espíritos dos mortos), mostrando o caminho a ser percorrido por aquela alma.
Desta forma, a morte nada mais é que o fim de um ciclo e o início de outro. Morremos no mundo terreno e nascemos para a espiritualidade.
O dia de Finados deve ser celebrado com saudades, sim, mas nunca com tristeza.

Paz e luz!
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