Imagem: Reprodução / Google. |
Na postagem sobre o Carnaval que fiz anteriormente, descrevi a situação energética em que todo o país se encontra. Na quaresma, embora tudo fique aparentemente tranquilo depois de todo fuzuê, muita coisa acontece.
A quaresma começa na quarta-feira de cinzas e vai até o domingo de ramos. Simboliza os quarenta dias que Jesus Cristo passou no deserto, passando por provações e sofrimentos e então sua morte. É costume dos adeptos do catolicismo a penitência durante esse tempo, privando-se de prazeres materiais para a purificação e renovação do espírito. Na Umbanda a privação é opcional de cada um; como tudo, não existe um padrão. Alguns terreiros trabalham apenas com a linha de esquerda, outros prosseguem com os trabalhos normalmente e alguns não funcionam durante todo o período.
Em meu terreiro aprendi que deixar de trabalhar é besteira (e até perigoso) já que é justamente agora que mais necessitamos de amparo espiritual. Acredito que há muita coisa que não nos foi revelada pela espiritualidade sobre o que acontece realmente nessa época, mas tenho pra mim que o mal que atentou à Cristo, atenta a todos nós, de alguma forma. Para tanto devemos estar em vigília.
A cor que representa esse período é a roxa, que na Umbanda remetemos à Omolu, o grande pai da cura e transmutação, o Orixá que rege a passagem entre a vida e a morte - da matéria para o espírito e vice-versa. Dentre nossas orações na quaresma, devemos pedir a Omolu, principalmente, que nos ajude a evoluir, livrando-nos de nossos vícios, encerrando ciclos e iniciando outros (a passagem refere-se a qualquer encerramento e início, na verdade). A quaresma pode ser uma época de renovação para todos nós, sejamos umbandistas, católicos, evangélicos ou adeptos de outras religiões. Basta que nos lembremos do exemplo de Cristo: de tudo o que passou e de sua ressurreição na páscoa.
Que esse período seja de oração, resolução, evolução e renovação. Que Jesus e Omolu nos abençoe.
Orai e vigiai!
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